Baseado na teoria da fronteira trabalho-família, este estudo analisa a influência da insegurança de emprego na gestão da fronteira trabalho-família e, consequentemente no bem-estar dos trabalhadores temporários de agência. Realizamos um estudo de diário para analisar o efeito da insegurança de emprego na flutuação da gestão da fronteira trabalho-família (integração vs. segmentação e controlo de fronteira) e consequentemente, na flutuação do bem-estar destes trabalhadores. Os trabalhadores temporários de agência respondem a um questionário durante 10 dias consecutivos, excluindo fins de semana ou folgas. As hipóteses é que os trabalhadores que considerem ter mais insegurança de emprego, serão aqueles que terão mais dificuldade de gestão da fronteira trabalho-família – mostram maior permeabilidade da família em relação ao trabalho e menor permeabilidade do trabalho em relação à família e maior dificuldade em controlar esta fronteira. Consequentemente esperamos que mostrem também mais strain no trabalho (i.e. exaustão) e menos bem-estar geral (i.e. satisfação com a vida).
Desenvolvemos um estudo de diário.
50 trabalhadores temporários de agência de Portugal
1 de outubro de 2019 a 31 de julho de 2020
Maria José Chambel; Vânia Sofia Carvalho; Filipa Castanheira; Maria Teresa Ribeiro
"As dinâmicas da fronteira entre o trabalho e família em empregos não tradicionais” é um projecto financiado pela FCT — PTDC/PSI-GER/32367/2017